Condicionamentos Exportação e Importação

Comunicação | Condicionamentos Exportação e Importação R.P. China

Estimado Cliente e Parceiro,

Apesar da dinâmica positiva registada em função dos progressos da vacinação para a Covid-19 à escala global, os condicionamentos inerentes à deteção e consequente prevenção de eventuais surtos continuam a constranger significativamente a logística e o transporte mundial.

Este cenário é particularmente relevante na República Popular da China, onde foram registados, nas últimas semanas, casos de Covid-19 em alguns dos mais relevantes canais de exportação e de importação deste país, nomeadamente por via aérea e marítima.

É o caso do Aeroporto de Shanghai, onde foi detetado um caso de Covid-19 entre os funcionários, que teve como consequência a testagem massiva de todos os trabalhadores daquele espaço, e a quarentena de um número bastante elevado. De acordo com as entidades locais, registam-se atrasos muito significativos em centenas de voos, sendo expectável que diversas ligações a partir daquele aeroporto sejam canceladas esta semana. Um cenário que implicará a anulação das reservas de carga já efetuadas, bem como a escalada dos preços dos fretes.

Cenário similar regista-se no Porto de Ningbo-Zhoushan (o terceiro com maior tráfego do Mundo), que suspendeu temporariamente a atividade num dos terminais de contentores (Meishan Terminal), após a identificação de um caso de Covid-19, o que está a condicionar fortemente a atividade logística de toda a região, devido ao desvio de carga para outros Portos da proximidade, que operavam já acima da real capacidade. No caso deste terminal no Porto de Ningbo-Zhoushan, estima-se que estará a processar carga equivalente a apenas 20% da habitual atividade.

As dificuldades e os congestionamentos na República Popular da China não se circunscrevem a este Terminal, estendendo-se aos principais Portos, nomeadamente Xingang, Qingdao, Shanghai, Xiamen e Yantian. Vários são os Terminais Portuários nos quais o tempo de espera para descarga e carga dos navios oscila entre os quatro e os seis dias, que se somam aos significativos atrasos vigentes há vários meses, e que se situam entre os oito e os 15 dias.

O processo de descarga e carga dos navios enfrenta, deste modo, acentuados atrasos, tendo como consequência os inevitáveis aumentos no tempo de trânsito entre a Ásia e a Europa, continuando assim a degradar-se a qualidade dos serviços, bem assim como a regularidade de escalas. Com o avolumar dos incidentes, nomeadamente os já referidos atrasos e omissões de escala, constata-se o elevado aumento na quantidade de transbordos dos contentores, agravando de forma significativa o tempo de viagem das mercadorias entre o continente asiático e o europeu, fazendo com que o transporte marítimo entre estes tenha passado de solução a problema da Gestão da Cadeia Logística a nível intercontinental.

Não sendo tão notados como no corredor Ásia-Europa ou Ásia–América do Norte, os problemas com o transporte marítimo a nível mundial revelam-se de grande complexidade e difícil resolução, essencialmente provocados pelo desequilíbrio entre a oferta e a procura no que concerne ao número de soluções (leia-se armadores/ navios), bem como à falta de equipamento (contentores).

O cenário é preocupante e, contrariamente ao que inicialmente se expectou, a situação não é passageira, demonstrando tendências de deterioração e alargamento idênticas às experimentadas na Pandemia contra a qual ainda lutamos. As consequências económico-financeiras far-se-ão sentir a todos os níveis, independentemente da localização geográfica ou do tipo de atividade que cada um nós exerce.

A imagem de proatividade, assertividade e seriedade com que a Portocargo e os seus Colaboradores se têm dedicado à atividade Transitária ao longo dos seus 31 anos de atividade, enfatizada nos últimos 20 meses, conjugada com a reconhecida capacidade dos nossos Correspondentes espalhados pelo Mundo, posiciona-nos como o Parceiro ideal para encontrar as melhores soluções para as necessidades logísticas internacionais de cada um dos nossos Clientes e Parceiros, independentemente da origem e/ou destino, bem assim como do tipo de mercadorias.

O nosso compromisso para com cada um dos nossos Stakeholders dita a total transparência e a comunicação contínua da evolução da situação. Caso necessite de algum esclarecimento ou informação adicional, por favor não hesite em contactar-nos.

Com os melhores cumprimentos,

Mário de Sousa, Administrador da Portocargo

Terminal de contentores

Comunicação | Conjuntura da Logística Internacional

Estimado Cliente e Parceiro,

É com particular empatia e consternação que lhe dirijo esta comunicação. Faço-o no quadro da mais severa e desafiante conjuntura da logística internacional nas últimas décadas. Um cenário que não conhece fronteiras, nem setores de atividade. O impacto é transversal às diversas indústrias, países e dimensões das empresas.

A “tempestade perfeita”, como tem sido apelidada por diversos economistas, iniciou-se em dezembro de 2019, com o eclodir da pandemia, e acentuou-se dramaticamente ao longo dos últimos 18 meses, face ao desequilíbrio comercial nos corredores Ásia-Europa e Ásia-América, à escassez de contentores, aos condicionamentos provocados pelas medidas de contingência em diversos Portos mundiais, e a outros incidentes isolados (como é exemplo o bloqueio no Canal do Suez). Procurei, num artigo de opinião para o Dinheiro Vivo, sistematizar o conjunto de desafios enfrentados pela logística internacional ao longo deste período.

O panorama atual é, consequentemente, extremamente complicado. Regista-se um enorme desequilíbrio entre a procura e a oferta de fretes marítimos, resultando numa escalada incontrolável dos custos – que sextuplicaram, face ao período homólogo de 2019. Por todo o Mundo, o tecido empresarial regista dificuldades generalizadas em assegurar o abastecimento de matérias-primas essenciais para a respetiva atividade, e as empresas transitárias enfrentam obstáculos sem precedentes para responder a estas solicitações. Convido-o, a este título, a visualizar o documentário realizado pelo Epic Economist.

Na Portocargo, estamos permanentemente comprometidos com os nossos clientes e com as respetivas necessidades. Perante um cenário sem precedentes na nossa história, temos contado com equipas absolutamente abnegadas, que se têm desdobrado na procura de soluções e de alternativas que permitam debelar o impacto deste cenário na atividade de todos aqueles que em nós confiam. É com este espírito e profissionalismo que poderá continuar a contar, para que juntos possamos enfrentar esta conjuntura histórica.

Mário de Sousa, Administrador da Portocargo

Portocargo - Yantian, Covid

Intensificam-se os constrangimentos com embarques na República Popular da China

 

O diagnóstico de novos casos de Covid-19 a bordo de uma embarcação atracada no Porto de Yantian, na província de Shenzhen, está a provocar atrasos muito significativos nas operações deste que é um dos maiores e mais relevantes canais de exportação da República Popular da China.

Procurando evitar a proliferação de um surto local, as autoridades de saúde estão a realizar testagens em massa a todos os cidadãos e trabalhadores na área de Yantian, incluindo os transportadores e operadores logísticos. Esta situação tem como consequência imediata o contínuo aumento das filas para acesso ao terminal de contentores, provocando inevitáveis constrangimentos a todas as etapas dos processos de exportação ou importação de mercadoria.

Face a esta realidade, responsável pelo congestionamento e sobrelotação de toda a área de armazenamento, a Administração do Terminal Internacional de Contentores de Yantian decretou que, entre as 22h00 locais de 25 de maio e as 23h59 de 27 de maio, não serão aceites quaisquer contentores para carregamento de navios destinados a exportação. Durante este período, será apenas possível a recolha de contentores vazios e de mercadorias importadas. Após este prazo, é expectável que o normal funcionamento do terminal seja retomado.

Esta situação provocará, inevitavelmente, atrasos consideráveis em todas as operações, prevendo-se o agravamento das dificuldades de importação a partir da República Popular da China, sentidas há vários meses.

A Portocargo está, em conjunto com os parceiros locais, a monitorizar a evolução da situação, procurando salvaguardar o interesse de todos os clientes e minimizar os impactos deste cenário. Ao longo dos próximos dias, manteremos os nossos clientes e demais stakeholders atualizados acerca dos desenvolvimentos desta conjuntura.

Decreto-Lei

Decreto-Lei n.º 14-E/2020

O Estado português estabeleceu um regime excecional e temporário para a conceção, fabrico, importação, comercialização nacional e utilização de dispositivos médicos e de equipamentos de proteção individual.

O presente decreto-lei explica que os dispositivos médicos (DM) e os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários à prevenção do contágio do SARS -CoV -2, sem aposição de marcação CE, podem ser importados desde que sejam acompanhados de certificados ou outros documentos que comprovem a conformidade com as regras de saúde, de segurança e desempenho estabelecidas por outros Estados, equivalentes às exigidas pelos regulamentos comunitários, conforme lista elaborada pelo INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P. (INFARMED, I. P.), relativamente aos DM, e pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), relativamente aos EPI.